De Audacioso para Empresário Tranquilo

Dwayne O’Brien, Owner-Operator | O’Brien Flying Service, Iowa LA | 502XP

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Para Dwayne O’Brien, devagar é tranquilo, tranquilo é rápido.

É assim que ele produz resultados para seus clientes.

Tendo caçado Osama Bin Laden no Afeganistão como um piloto de helicóptero do exército americano, Dwayne O’Brien sabe o valor do ritmo, da agilidade e da persistência. Estas qualidades lhe vem servindo bem como empresário aeroagrícola também. Porém, para tocar uma empresa lucrativa e segura – safra após safra, as prioridades evoluíram. Confiabilidade, estabilidade e confiança é o que move sua empresa aeroagrícola. E ele aprecia estas mesmas qualidades em seu relacionamento com a Air Tractor.

Dwayne dirige a O’Brien Flying Service em Iowa, Louisiana. Fundada por seu pai, Zoren, a aeroagrícola opera desde 1972.

“Acho que sou o mestre-de-cerimônias aqui”, brinca Dwayne. “Operamos quatro aviões, e temos 17 pessoas trabalhando aqui – incluindo mecânicos, pilotos, técnicos, motoristas e pessoal administrativo”.

A empresa de Dwayne, localizada a apenas alguns minutos de carro a leste do Lago Charles, é principalmente focada no arroz, mas eles também pulverizam soja, cana-de-açúcar e pastagem. Parece uma típica aeroagrícola do sul da Louisiana, mas a a O’Brien Flying Services diversificou seu portfólio.

“Não somos de forma alguma uma empresa unidimensional”, explica Dwayne. “Acho que fazemos mais tipos diferentes de trabalho do que as outras nesta área. Pulverizamos áreas de domínio de oleodutos. Pulverizamos lagoas de patos, canais de barcos em mangues, trilhas de armadilhas para jacarés, cercas e fazemos bastante controle de arbustos”.

O’Brien conta que até por gado perdidovoou procurando. “Ajudamos a polícia a perseguir carros e motocicletas em alta velocidade, quando eles não conseguem acompanhar. Já fizemos lançamento de água em incêndios quando partes da cidade pegaram fogo. Fazemos muita coisa para nossa comunidade local”.


Dando potência para uma empresa diversificada

Uma aeroagrícola que funciona o ano inteiro tem que ter uma base sólida. Por anos, a O’Brien Flying Service operou Ag Cats, antes de recentemente aumentar sua capacidade e desempenho com o Air Tractor 502XP.

Com a potência extra para levar uma carga completa mesmo nos dias mais quentes e úmidos, o Air Tractor 502XP é ideal para as condições de alta altitude de densidade do sul da Louisiana.

“O que conta aqui é a potência. Como piloto, você sente que está sobrecarregado e voando bem no limite da potência”, explica Dwayne. “Temos pistas curtas, e provavelmente 55 ou 56 pistas agrícolas das quais trabalhamos, além da nossa base aqui em Iowa. O 502XP não tem problema para decolar destas pistas, que originalmente foram construídas para outros modelos de avião. E com o XP, conseguimos levar a mesma carga ou até mesmo mais do que o Ag Cat”.

Com sua capacidade e potência, o 502XP tem o que é necessário para dar conta de uma grande variedade de trabalhos.

“Você quer ter o melhor equipamento e o melhor pessoal, e fazer o melhor trabalho”, diz Dwayne. 

“Gosto da produtividade. Gosto da eficiência do 502XP. É uma plataforma nova, boa. Queria que nós os tivéssemos 10 ou 15 anos atrás. Todos os pilotos voando o XP atualmente, sejam novos ou velhos, dizem que provavelmente é a melhor máquina que já voaram”.


O Audacioso, Controlado

O empresário cabeça-fria de hoje é muito diferente do jovem que crescia nestes campos. 

“Acho que quando eu era um garoto crescendo aqui, éramos todos meio audaciosos”, ele diz. Dwayne correu de motocicleta e de kart. Criado por um piloto, não surpreendeu muito que ele fosse gostar do pico de adrenalina que é voar.

“Como meu pai era um piloto, eu estava sempre na volta de pilotos. Eu levei aquela emoção da velocidade, do chão para o ar”, conta Dwayne. “Cresci cercado de pilotos da época da II Guerra, que me ensinaram a voar. Aqueles caras passaram a expertise de sua área para mim. Era muito bom o papo no hangar – ter aquele grupo de pilotos compartilhando aquilo em que eles eram os melhores”. 

Dwayne aprendeu um pouco de cada um deles, o que transformou o jovem garoto no aviador completo que ele é hoje. 

“Agora é nossa vez de passar isso para a próxima geração de pilotos”, ele diz.


Traçando seu caminho

Antes de assumir como empresário, Dwayne aprendeu cada faceta do negócio de aplicação aérea. “Cresci aqui como ajudante de mecânico. Quando fiquei mais velho, passei a motorista de caminhão de apoio. Fui técnico, limpei banheiros e varri chão. Querendo ou não, fiz todas as tarefas que há por aqui”.

Dwayne por fim se tornou um piloto. E então ele deixou a empresa para fazer faculdade. Um monte de livros não iria deixá-lo no chão, porém.

“Eu estava fazendo Direito, e descobri que eu não queria em ser um cara trabalhando dentro de um escritório e olhando para o mundo lá fora”, diz Dwayne.

Assim Dwayne se inscreveu para o Reserve Officers Training Corps (equivalente ao Centro de Preparação de Oficiais da Reserva – CPOR – brasileiro), com o objetivo de voar. Dwayne passou do ROTC para o Exército, passando vários anos seguintes voando helicópteros em áreas conflagradas em todo o mundo.

“Fui direto para um comando, direto para a primeira Guerra do Golfo e passei cerca de seis anos tendo um endereço postal em Fort Bragg. Mas eu realmente não ficava muito lá. Minha unidade seguido ia para o exterior” Missões na Somália e em outras zonas de conflito se seguiram. Mas então a empresa da família começou a chamar.

“Meu pai estava ficando velho. Ele estava se preparando para se aposentar, então ele me disse: ‘Esta é a sua oportunidade. Se você vir para casa agora, posso te ensinar como tocar esta empresa, do contrário vai saber se eu ainda vou estar por aqui o tempo suficiente para te mostrar como fazer’”.

Seu pai tinha recentemente passado por uma cirurgia cardíaca. “Papai sabia que seu tempo estava terminando”.

Dwayne permaneceu no exército como reservista, mas começou a trabalhar na empresa, também. Por algum tempo, ele viveu o melhor dos dois mundos.

Até que o 11 de Setembro aconteceu.

“Quando aquilo aconteceu, eu estava aplicando no feijão naquela manhã. Entramos e olhamos o que estava acontecendo na TV. Quando este tipo de coisa acontece, como reservista, você sabe que pode ser chamado. Considerando a unidade em que eu servia, era quase certo”. Dwayne não precisou imaginar muito.

“Por 10 de outubro, já estávamos fazendo operações entrando e saindo do Afeganistão, operando a partir do Uzbequistão, no norte”. Servir ao seu país veio primeiro; seu retorno permanente à Louisiana teria que esperar.


De piloto de combate para empresário aeroagrícola

Após suas missões pós-11 de setembro, Dwayne voltou para casa e assumiu as rédeas da empresa. Ele estava pronto.

Ter os mentores certos ao longo do caminho tinha ajudado a prepará-lo.

“Foram aqueles pilotos veteranos da II Guerra que me ensinaram seus truques quando eu era um guri. Havia pilotos focados em manutenção e caras que eram pilotos de demonstração – e todos eles trabalhavam para meu pai. Eles tinham dezenas de milhares de horas aeroagrícolas entre eles.

“It was all those older WWII pilots who taught me the ropes as a young man. There were maintenance-oriented pilots, and guys who were stunt pilots – they were all here working for Dad. Those guys had tens of thousands of ag flying hours between them.

Um de seus mentores mais influentes era um cara chamado Roy “Pappy” Campbell, um Aviador Naval da II Guerra.

“Pappy nunca falava mal de ninguém. Ele sempre usava camisas de mangas compridas. E quando ele voava, ele não usava muita potência, mas você nunca conseguia alcançá-lo. Ele era rápido porque ele sabia tirar o melhor desempenho de um avião. Eu voava o dia inteiro junto com ele e voltava acabado, suado e cansado – e só tinha 30 anos! E ali estava Pappy, um cara setentão que ainda podia voar muito mais do que eu”.

Você tinha que engolir e continuar.

“Pappy nunca reclamou de nada. Ele simplesmente seguia em frente. Isso era algo bom para todos nós, pilotos que estavam se formando aqui, aprendermos.


Lições aprendidas

Ao passar de piloto para chefe, Dwayne rapidamente percebeu que havia muita coisa a mais para ocupar sua mente.

“Não dá para trabalhar em multitarefa e se manter voando seguro”, ele diz.

Como empresário e piloto, você tem que lidar com as emergências grandes e pequenas no chão, ao mesmo tempo em que cuida de seu avião e seu pescoço na cabine.

“Eu estava lá procurando um fio e de repente me dava conta que já tinha passado por ele! Como que eu não o tinha visto? Não sei. E isso me fez entender que é muito difícil fazer bem os dois trabalhos. Quando eu pousava, havia lavoureiros no escritório esperando para falar comigo, além de qualquer outro problema que tivesse ocorrido nos últimos 20 minutos, enquanto eu fazia uma carga. Esta caminhonete quebrou, aquela outra atolou, esta aplicação está atrasada, o que fazemos, o que fazemos?”, conta Dwayne. 

Um dia ele tomou uma decisão executiva: “Eu tinha pilotos e funcionários bons o bastante aqui. Ao invés de “cortar a torta”, sabe, em sete ou seis pedaços, porque tínhamos sete aviões na época, eu decidi fazer só com seis. Vou manter meu avião como reserva e voar só quando necessário ou nos finais de semana”.

E foi aí que eu descobri que tinha me tornado um empresário.


Gente boa, equipamento bom

Para fazer uma empresa de aplicação aérea de sucesso funcionar, as duas coisas mais importantes são: aeronaves confiáveis e gente boa para operá-las.

“A chave é ter as pessoas certas representando você e sua empresa – seja a nível de piloto, técnico ou manutenção. Esta gente carrega a bandeira de sua empresa e você precisa ter gente boa nestes postos, que saibam representar e fazer coisas por sua empresa, do jeito seguro, do jeito certo e do jeito eficiente”, explica Dwayne.

A confiança é importante – especialmente se sua empresa opera vários aviões.

“Você não pode estar em vários lugares ao mesmo tempo. Você tem que ter estes bons funcionários para fazer o serviço”.

Dwayne tem tido sorte com o povo local.

“A garotada que passou pela FFA (Futuros Fazendeiros da América, uma rede de escolas agrícolas), que fez marcenaria, solda. Eles lidaram com equipamento. Eles entendem o que é segurança com as mãos. Se parece perigoso, se parece que pode morder, eles não mexem e pedem ajuda. Estes garotos que trabalham conosco na equipe de solo, vindo direto do segundo grau, ou enquanto estão na faculdade, eles voltam depois e trabalham para nós por quatro ou cinco anos durante esta progressão até que consigam seus primeiros empregos”, ele diz.

Quando eles voltam, depois de alguns anos, e apreciam o que aprenderam na O’Brien Flying Services, e os valores que foram inculcados neles, Dwayne se enche de satisfação pessoal. “Há gente de qualidade aqui, assim como em todo lugar. Mas você tem que se esforçar para encontrá-los, treiná-los e segurá-los”.


Subindo para o próximo nível

Dwayne pegou os valores que aprendeu com os veteranos, juntou-os com as lições aprendidas no serviço militar e atualizou seu equipamento para expandir a O’Brien Flying Service em uma aeroagrícola com um olho no futuro.

“Gosto de tecnologia. É o que nos faz grandes. É o que faz a aviação grande. É por isso que somos um dos países líderes no mundo”, diz Dwayne.

A tecnologia permite que empresas e pilotos trabalhem com eficiência, eficácia e com mais segurança.


O Jeito Americano

Apesar dos desafios da aviação agrícola e das demandas deste trabalho, ela ainda é um dos melhores trabalhos lá. E Dwayne espera que a próxima geração assuma a aviação agrícola.

“Há tanta gente nova querendo uma gratificação instantânea. Mas aqui, neste negócio, leva tempo. Você sabe, quando treinamos pilotos nós primeiro engatinhamos, depois andamos e corremos, e nós treinamos um bocado de pilotos aqui”, ele diz.

Treinar jovens pilotos é algo que Dwayne gosta. Ele os coloca para fazer principalmente aplicações de sólidos antes de colocá-los para pulverizar líquidos.

“Uma coisa que posso dizer, especialmente neste negócio, é preciso ter paciência. Persistência e paciência – mas principalmente paciência. Vai vir com o tempo, se você esperar”, ele diz.

Dwayne espera este tipo de persistência de quem trabalha para ele.

“Minha filosofia é ‘não me diga que não pode fazer algo. Me diga como você vai fazer’. Porque pode e vai acontecer, este é o jeito americano. É isto que faz a América grande. Não somos uma sociedade de pessoas sempre dizendo não. Para tudo que apresenta um problema, há o jeito americano. Gente positiva emite energia positiva. Gosto de ter esta gente ao meu redor e a maioria aqui é gente de energia positiva. Eles estão no ritmo”.

E com uma equipe na qual você pode confiar, você pode fornecer o serviço responsivo e confiável que os clientes exigem. É isso que faz de Dwayne um empresário tranquilo.